Para Victor Mirshawka, professor de Criatividade da FAAP, o processo de criação passa pelo foco na velocidade e na experimentação de ideias e produtos das empresas.
A cada nova leitura que faço sobre assuntos tais como tendências, contemporaneidade, pós-modernidade e desafios competitivos, a palavra velocidade aparece mais vezes. E isso torna o trabalho singelo de escolher um título de artigo sobre o tema cada vez mais complicado, pois começam a faltar termos que exprimam a sua relevância, já que temos discutido exaustivamente o papel preponderante da velocidade na necessária reinvenção dos modelos de gestão.
Junte-se a isso a crescente concordância de que vivemos na Era da Criatividade, em sucessão à Era do Conhecimento. Subsidie-se essa conclusão por variados trabalhos, desde a argumentação feita em favor do surgimento da Economia Criativa, por Richard Florida, até as recentes declarações de expoentes sagrados da Gestão, como Gary Hamel (vide excelente entrevista: A Gestão na Era da Criatividade, na revista HSM Management, Março/Abril 2010).
Procuro observar as minhas próprias dificuldades e desafios como gestor quando reflito sobre tudo isso. Daí a decisão pelo título desse texto. Revolução do imponderável me parece a forma mais contundente de lembrar que as mudanças atuais assumiram a tipologia do que se pode classificar como radical (revolução), e sua imponderabilidade (menor grau de previsibilidade) aumenta muito a pressão e o nível de complexidade dos problemas que serão colocados aos gestores. Coincidentemente, posso ilustrar esses desafios com um interessante exemplo da área de Pós-Graduação da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), que é aplicável a outras empresas, pois está atrelado a fatores similares.